segunda-feira, 19 de maio de 2014

Não sei

nada de ti.

E subitamente o meu blog volta a ter o mesmo sentido que tinha antes: falar contigo quando não me podes ouvir. Não é que desta vez não possas ouvir-me. Apenas não queres. Só que, desta vez não te digo que escrevo, escrevo só. Não quero que aches que tento convencer-te de alguma coisa. Possivelmente encontraste outra pessoa. Ou já não és feliz comigo. Não sei. Nem de ti. Não sei de ti. Nada. Não sei mesmo nada. E fico tão triste. 

Não jogas League of Legends há três dias. Três dias. Sabes o que isso é? Há três dias que não durmo por saber que podes não estar em casa. Ficava tão mais descansada se estivesses a jogar. Tão mais. Ah! Outra coisa que me esqueci de te dizer foi parabéns! Voltaste a Gold IV. Na sexta foi a reunião do nosso projecto e eu não sei de nada. Nada. Só achei que me fosses dizer. Continuas sem estar online. E eu continuo a rodar as janelas da caixa de escrita do blog para a caixa de entrada do gmail. Queria tanto Hangouts contigo agora, com direito a uma titice de despedida. Queria tanto combinar estar contigo amanhã das seis às oito já que tenho folga. Queria tanto que te lembrasses de mim e dissesses que tens um presente na minha casa pra vir buscar. 

Hoje vi na Primark umas camisolas com gatinhos na secção de criança. Gatinhos cheios de purpurinas. E pus-me a imaginar como seria estar contigo sob o mesmo tecto, e com os nossos titinhos pequeninos vestidos com aquelas camisolas que, juro, são a coisa mais fofa do mundo. Ontem chorei quando cheguei a casa. Porque queria ter comprado uma coisa que não comprei. Porque não estás mais aqui. Há também lá uns pijamas daqueles completos com animais. Sabes qual? Um panda. Um panda mesmo com a barriguinha branca. Desculpa meu amor... Um urso panda. Urso. Hoje também chorei, e não foi preciso chegar a casa. Aliás, hoje não quero chorar mais. Nem posso. Não almocei nem jantei. E já ontem fiz o mesmo. Hoje mal cheguei a casa, calcei uns ténis e vesti uma roupa confortável e fui correr. E corri quatro horas. Quatro horas que as ruas de Coimbra me ouviram cantar músicas deprimentes em altos berros, enquanto parava de dez em dez minutos para chorar. Sabes bem que sou assim. Choro de qualquer maneira. Mesmo quando está tudo bem eu choro. Imagina quando não está...

Tenho tantas saudades tuas que sinto que vou morrer.

E não, meu amor, não vai passar num instante, como tu teimaste em dizer.
Não vai.
O amor não passa. E eu, a ti, amo-te muito.
Sempre...

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