segunda-feira, 27 de maio de 2013

Escrever-te

é sentir-te.

Sinto-te mesmo quando não me falas, por tua culpa, por minha, ou por culpa do destino. Há pessoas que têm o dom de ser notadas mesmo quando não estão presentes. E tu és uma delas. Aliás, tu és essa pessoa. Sempre senti, mesmo não te sentindo, que era de alguém como tu que eu precisava pra saber o que queria de mim. E o que eu quero é explicar-te. Tudo. Sempre. Para que não restem dúvidas. E tu sabes que eu sou assim, quando não posso ter-te ou falar-te, escrevo-te. 

Por vezes, pra estares vivo tens de matar os teus pensamentos. Mas eu sou quem mais lhes gosta de proporcionar que vivam. E então coloco tudo em linhas simples, para que saibas sempre que aconteça o que acontecer, eu te escrevo. E não preciso de grande esforço para o fazer, basta pensar em ti, que sorrio. E ao sorrir lembro-me eu mesma do teu sorriso. Como gosto quando faço parte dos motivos que o fazem aparecer... São os sorrisos que nos fazem acreditar que o futuro pode sorrir-nos de volta. Enquanto tu existires, os dias são leves e soltos. E como os dias, eu. É fácil soltar-me contigo, talvez por não ter medo que me julgues. E quando for julgada, que seja por ti.
Imagina-me um livro. Sabes o prefácio? Com a importância que tens poderias ser tu a escrever o meu. E quero dar-te todos os pormenores que necessitas para o fazer, no mundo das suposições. Sentirei isso sempre que olhares pra mim e sorrires. E o teu sorriso... o teu é tão bonito...

Sorris de novo, por favor?

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