na testa encaro o que virá.
A testa que tu tantas e tantas vezes beijaste, serve agora de suporte à inspiração que deverá estar prestes a surgir. O teu corpo já me deixou e a tua mente já vai longe. Fugiste. Fugiste como sempre foges e eu continuo na minha perseguição frágil e descuidada. Tudo em mim é teu. Todo o lugar que ouso visitar tem a tua cara, mesmo que nunca lá tenhas estado - todos eles, têm a tua forma. Mas depois mudam. E não és tu. A comparação nunca me fez bem. «Joana, não há pessoas iguais. Claro que não encontras ninguém igual a ele. Todas as pessoas são diferentes.», repete a voz surda e muda que há dentro de mim. A habituação a ti já não me faz ficar surpreendida pelo facto de seres tão bonito. E eu sei que tentas não ouvir quando alguém to diz, mas tu és lindo. A tua subtileza que antes me apaixonava, agora assusta-me. Não sei entender mais palavras meias cheias ou meias vazias nem frases a meio. Se pudesse obrigar-te a ser sempre directo e verdadeiro, era o que eu faria. Mas não posso.
Estás a fugir do mundo que eu criei, para que pudesses ficar. E eu... eu não sei se devo ficar cá à espera que voltes, ou se devo fugir contigo para longe do nosso suposto futuro juntos.
Não, não são as mulheres que são complicadas.
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