fora dos dedos. É aí que começa cada final de um dia meu.
Depois de tirar a tampa à minha pequena caixa cor de rosa, que cuido religiosamente, eles ficam ali, junto com os outros. Não tenho nunhum que goste mais, gosto de todos. Mas tenho alguns que uso mais. É assim em tudo. Tudo se assemelha à estúpida fixação que eu tenho por eles. Gostamos sempre de tanto. Pedimos tanto. Queremos tanto. Nós, criaturas femininas. Contentamo-nos com tanto e com tão pouco ao mesmo tempo. Somos tão mesquinhamente controladas por eles, por ele. Ah, amor vil que nos sugas tudo o que de melhor temos. Oh, criatura miserável que nos controlas os sonhos e pensamentos. Quero ser dona deles e és tu quem o és. Deixa-me ou fica comigo. Larga-me ou amarra-me a ti. Não, nunca me tenhas como alguém que tiras dos dedos ao final do dia, e misturas no fundo de todas as outras, para usar amanhã, se te apetecer...
1 comentário:
o meu primeira pensamento foi, muito honestamente:
"foda-se, adorei!"
escreveste tudo :)
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