Maldito!

Maldito telemóvel cheio de mensagens antigas.
Maldito texto bonito.
Maldito sonho contigo.
Maldito chuveiro.
Maldito chão do quarto.
Maldito wallpaper do computador.
Maldito perfume.
Malditas palavras no pensamento.
Maldita cama vazia.
Maldita música romântica.
Maldito casal feliz.
Maldito filme de amor.
Maldito buraco no peito.

Muita gente deve achá-lo muitíssimo antipático. Mas eu acho lindo, profundo, estranho, perigoso. É impossível sentir-se concretamente segura perto dele, não porque a presença dele é desagradável, mas porque se pressente que ele, mesmo não olhando fixamente para tudo, sabe sempre exactamente o que se passa ao seu redor. Na verdade, eu sei que, do jeito que ele me tem, ninguém teve antes. Talvez ninguém irá ter. Vê, eu não vou desistir dele.

Mas também não vou obrigá-lo a ficar.