domingo, 30 de novembro de 2014

Pus Ed Sheeran no Youtube e comecei a escrever.

Faz quase três meses que não te escrevo e muita coisa mudou.

Três meses que tento tirar-te do meu coração e um par de anos em que sempre quiseste que não estivesse no teu. Finalmente consegui pôr na minha cabeça algumas linhas de pensamento que eram apenas isso mesmo e que eu nunca tinha conseguido abraçar como verdades. Já as disse várias vezes ultimamente para mim mesma e uma vez até em voz alta. Já não te amo. Podes ter sido o amor da minha vida, mas certamente não és a pessoa certa. Acredito que apenas exista um amor que nos arrebata, que nos tira o ar, que nos faz querer morrer e voltar a nascer, insistir... Só há um amor pra toda a vida, mas não sei, não sei se foste tu, ainda não vivi tudo. E querer estar contigo não me permitia saber. Chega a um ponto da nossa vida em que temos de ponderar se o mais importante é dar oxigénio à relação ou respirar nós mesmos. E eu, escolhi colocar a bombinha de asma em mim mesma. Pela primeira vez.

Várias vezes pensei em ti ultimamente. Nada como pensava antes. Não muitas vezes. Várias. Há uma diferença entre premissas. Várias - sendo que são o número de vezes em que tentei que isto funcionasse. Muitas - o número de vezes em que me mostraste que brincaste com tudo o que sentia. Guardo tudo no coração e guardo tudo neste blog. Ainda que haja mais registos de coisas tristes do que felizes aqui, eu sei o quanto ajudaste a moldar a minha personalidade, a minha forma de avaliar situações e a minha resiliência. Agradeço-te por isso. Não quero culpar-te por seres quem és. Não quero culpar-te por não ser quem tu aspiravas que eu fosse. Não quero culpar-me, a mim mesma, por eu ser quem sou. Quero ser feliz. E há pouco tempo que descobri que o mundo pode ser meu. Não tenho mais de me ajoelhar aos teus pés e sentir-me como se não pudesse andar. Eu posso. E vou. Hoje sinto que devo encerrar este blog, finalmente não preciso de me esconder atrás de linhas virtuais porque não tenho mais nada a dizer-te. A minha vida já não és tu e sinto-me livre para seguir com tudo o que pensei para mim, sozinha. 

Quero dizer-te que encontrei alguém. Não sei também se é o certo para mim ou não. Não sei se quero saber já, mas posso dizer-te que em nada se assemelha ao que senti alguma vez. Finalmente posso ser a pessoa que sou e mostrar a minha essência sem que me culpem por ela. Há alguém que me pega na mão onde quer que esteja. Independentemente de quem está a ver. Não há dramas. Não há demasiado certo ou demasiado errado. Há. Só.

Isto é tão simples e transparente que nem me custa a dizer.

Já não te amo. Agora amo-me a mim.
Nunca seria possível eu amar-nos aos dois.

Sem comentários: