terça-feira, 9 de abril de 2013

O que as mulheres querem


Somos constantemente criticadas por sermos o sexo fraco. Mas nem é aí que reside o problema. Complicadas. Dizem que somos complicadas. Somos? Afinal, de que precisam as mulheres? 

Desde que conheço "o mundo dos relacionamentos" que me dizem que nós pensamos demais, exigimos demasiado e nunca estamos satisfeitas. Aposto que eles não gostam, nem concordam, quando lhes dizemos que "os homens são todos iguais". E aposto também que não se lembram disso quando nos colocam a todas no mesmo saco. Nunca haveremos de conseguir delinear da mesma forma uma relação que não é a mesma. E até para a mesma relação, há várias linhas, que são tomadas de diferentes formas por parte de quem opina. Sim, que isto dos problemas no modo de lidar com a relação, começam e acabam quando a relação já não é nossa, mas "das pessoas".

Como faço parte do sexo fraco, mas não do saco, não coloco a parte pelo todo nas minhas mãos. As mulheres são as criaturas mais fantásticas de todas. Amamos mais que eles? Talvez... Talvez tenhamos aprendido desde pequenas a cuidar das coisas, a pentear bonecas, a criar casamentos e namoros entre a Barbie e o Ken, a regar as plantas para que crescessem saudáveis, enquanto eles brincavam ao pião, usavam pauzinhos pra construir fisgas, jogavam ao berlinde e fingiam ser guerreiros pra salvar o mundo.

Crescemos. E aí tornamo-nos mais capazes de ouvir. Mais capazes de compreender. Eles precisam de nós e nós precisamos deles. Mas fomos nós que nascemos com a intenção de criar. É aí que começamos a deixar que opinem sobre o que deveríamos fazer ou deixar de fazer. Precisamos de nos aconselhar com as amigas, com os amigos, com a mãe. É nesse ponto que sabemos que temos um problema em mãos - a relação ficou séria.

Nós... Nós estamos a rezar para que vocês sejam príncipes encantados, mas não estamos à espera que apareçam montados num cavalo e nos levem nele, para viver felizes para sempre. Até porque eu nunca entendi bem essa parte. Ainda não escreveram "A Bela Adormecida II" nem "Cinderella II", apesar de eu gostar de ler isso, um dia. Aí sim, quando as princesas tivessem de acordar todos os dias ao lado do príncipe, quando tivessem de lidar com o stress diário, com o mau tempo, com o mau humor, com a falta de tempo, com a falta de amor... isso sim, seria um desafio.

Quando estamos tristes, precisamos de vocês. Mesmo quando dizemos que não. O segredo está em saber ler as nossas pistas, prever as nossas acções e desejos. E não, não é difícil. Se não conseguirem saber exactamente do que precisamos naquele momento, então a relação ainda não está construída, deste modo, não está sólida. Nós precisamos que discutam connosco. Nenhuma mulher gosta de uma relação morna, parada. Mas não deve ser em exagero. Não nos encham a cabeça com gritos e problemas quando já estamos cheias deles. Ninguém ama o mesmo todos os dias. Embora a pessoa seja a mesma, o sentimento não é. Habituem-se com isso. Um dia somos nós que vos amamos mais, outro dia são vocês. Se vos pedirmos algo simples muitas vezes, não é por sermos chatas ou por acharmos que não ouviram. Na verdade, é porque achamos importante. Preferimos uma flor de um jardim dada num qualquer momento, do que um perfume caro. Nós, mulheres, preferimos um carinho, um beijo na testa, do que um ramo de flores gigante. Há sempre um de vocês que nos torna completas, que nos faz ser melhores e sentir-nos melhor connosco mesmas. E quando vos fazemos ciúmes, quando saímos de casa sem destino, quando vos provocamos, é só porque queremos a vossa atenção. Queremos ter certeza que sabem que não somos garantidas. Conquistem-nos, por favor, todos os dias.

As mulheres não querem ser guerreiras do mundo, como os homens queriam.
As mulheres? As mulheres querem ser as guerreiras da sua vida. Só.
E cada uma à nossa maneira, vencemos sempre.

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