complicado que um amor não correspondido, é um amor proibido.
Quando caminhas, o meu olhar segue os teus passos. Quando não estás, a minha mente imagina os teus movimentos. É estranho como olho para ti deste jeito, mas foi mais fácil habituar-me do que penso que seria desabituar. Parece que sei tudo o que pensas mas ao mesmo tempo não sei absolutamente nada. É difícil calar-me mas mais difícil ainda seria continuar a falar, como tu sabes que eu posso fazer. Mesmo não estando presente, preenches os meus dias, saltas no meu pensamento. Ficas todo o dia dentro dele como um miúdo a brincar num parque infantil. E como eu gostava que as minhas analogias se tornassem reais. Como seria bom ter-te todos os dias a baloiçar numa cordinha atada aos ramos da árvore mais alta de todas, no meu parque imaginário. Ver-te sorrir enquanto o vento te beija os cabelos e a força do movimento te empurra cada vez mais alto, até chegares ao êxtase. E depois saltavas. E ficavas bem de pé, ainda com esse sorriso na cara. Depois olhavas pra mim, ias lanchar, e voltavas ao que estavas a fazer. E mais tarde, quando eu fosse dormir, podia juntar-me a ti em segredo. E podíamos rir os dois, enquanto me empurravas nas costas, bem alto. E descansar debaixo da sombra da árvore que teria o baloiço pendurado.
Não sei se já conheço ou não o homem da minha vida. Não sei sequer se existe.
Mas há uma coisa que sei: se existir, vai ser muito parecido contigo.
Sem comentários:
Enviar um comentário