escrevo-te pelo caminho até casa. Talvez eu ache que isso funciona como se te estivesse a contar tudo por telefone, enquanto ando com as minhas sandálias novas (sim, outras!) pelo caminho de pedras que eu odeio.
Hoje está mau tempo. O céu consegue mesmo espelhar o meu estado de espírito. Queria ir ao cinema contigo. Estou farta de ver séries no telemóvel. Queria só que te lembrasses de mim. Queria convidar-te pra jantar mas para além de saber que não ias vir, é escusado. Tal como é, também, escusado continuar a depender tanto deste blog que me liga a ti. Sinto que começámos e vamos acabar aqui. No inicio não me lias tal como não me lês agora. Mas continuo aqui, a chamar-te de tito e a dizer que te amo enquanto justifico todas as coisas que não me vão nunca deixar de te amar. Já vou a chorar. E tenho os pés cheios de pedras (não terias deixado que eu comprasse estas).
Vou cozinhar pra ti hoje, apesar de saber, aliás, não saber sequer o que tens feito ou se estás bem ou mal. Ainda tenho um monte de crepes em casa e isso deixa-me triste porque sei que se cá estivesses já não havia. Vou ter de mandar tudo fora. Hoje chegou um pijama de bebé em forma de gatinho e a minha mente levou-me mais uma vez para longe.
Será que é mesmo possivel teres deixado de gostar da tua tiririca massitas?
Quase que implorava que não me deixasses agora, mas como já o faço pra mim todos os dias fica assim.
Calo-me de novo.
Espero que já tenhas o relatório terminado.
Até amanhã, meu amor.
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