sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Há coisas que nunca mudam.

Estou em casa, mas é como se não estivesse. Não saber de ti deixa-me fora de mim. O tempo custa a passar, acho que nunca demorou tanto. Olho para o relógio minuto a minuto enquanto sinto lágrimas de ansiedade a percorrerem a minha cara. Estou triste; nunca estive assim, apesar de já ter sentido isto antes. Sinto os soluços chegar e sei que se alguém falasse comigo agora, eu não ia conseguir dizer uma só palavra. De dez em dez minutos levanto-me da cama e tento fazer qualquer coisa de diferente, à espera que o telefone toque. Ele já não toca há quase cinco horas. Cinco horas? O que é que estiveste a fazer durante cinco horas, queres explicar-me? O meu peito sente que sabe o que responderias. Estou a tremer. E sei que a minha alma treme de medo dessa resposta, que vai acontecer - talvez não seja é hoje. Sim, talvez hoje esqueças que eu existi ontem. Talvez hoje esqueças que existi, algum dia. Talvez, nesta altura, já tenhas esquecido.

A minha casa és tu. 

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho que nenhum comentário fica à altura de qualquer texto.
Adoro o que escreves, parabéns! :)