Os portões da prisão não vão abrir-se para mim. Com as minhas mãos e joelhos eu rastejo até te encontrar. E alcanço-te. Bem, sinto que estou com medo neste quarto. Estas "barras de ferro" não podem aprisionar aqui a minha alma. Tudo o que eu preciso é de ti. Vem, por favor, eu estou a chamar-te. Eu estou a gritar por ti, vá lá, rápido, sinto-me a cair.
Mostra-me como é ser o último a ficar de pé, ensina-me a diferença entre o certo e o errado. Eu prometo que te mostro o que posso ser, mas diz-me isso. Eu prometo deixar a minha vida pra trás, se me disseres que vale a pena salvar-me. Os portões do paraíso não se abrem para mim antes de chegares e eu sinto-me de novo a cair com estas asas partidas. E tudo o que eu vejo és tu. Nas paredes da cidade não há amor para mim, estou no fim da história e não quero virar a página para ler as últimas linhas. Não deveríamos acabar aqui.
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