
Eram 5 da manhã e eu sem conseguir adormecer.
Por vezes, sentia o telemóvel vibrar e lá repondia às mensagens que eu sabia que não eram da pessoa certa. Pensei. E então, disse só para mim, com um olho nele: "Vá, pára. Agora só vibras se for uma mensagem dele".
E ele não vibrou, porque ela não chegou. Nunca.
Acho que gosto dele, mas um gostar com o peito. Aliás, eu tenho a certeza disso. E fico horas à espera de qualquer acção que nem mesmo eu sei explicar bem qual será.
Talvez ela nunca venha, como a mensagem. O meu telefone, esta noite, não vibrou por nenhum motivo que o envolvesse. O meu coração, esse, vibrou assim que o viu.
Vou para o exame de recurso, já se faz tarde.
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