O que é antigo, torna-se clássico.

um dia falaste

do tempo em que amaste.

mostraste o contraste

do beijo sentido

onde todo o pensamento

passa a texto produzido.

a saudade de alguém,

de um objectivo conseguido.

o problema porém

corre entre os nossos dedos

mas não contei a mais ninguém

metade dos meus segredos.

tu és vida no meu mundo

és floresta inexplorada

fazes num gesto profundo

eu ser ideia inacabada.

tu magoas quando falas

eu magoo quando faço

somos dois seres que apenas tentam

estar unidos por um laço.

a unha é roida

a lágrima está caída

num desejo não de partida.

mas chegada a hora

corremos estrada fora

sem demora,

e agora, afinal

não quero, nem eu sei o que está mal

pois quando a merda chama

nós resolvemos o drama:

por vezes chorando, por vezes na cama...

vou andando no compasso do empasse

a alegria do teu beijo, do desejo

faz com que a tristeza passe.

mas dói, corrói o coração

quando me largas a mão,

de mansinho.

e eu só espero

e eu quero

ficar lá, no teu caminho.

dás-me mimo e dás carinho,

dás verdade e confiança.

isso faz com que eu não perca

nunca, aquela esperança.

mas a lembrança daquele sonho...

medonho, risonho...

BARALHA !

não quero ver falha,

não quero ter dor!

qero sempre o teu abraço,

quero sempre o teu calor.

compreende, faz crescer,

tem vontade de querer.

QUERES SABER SE VALE A PENA?

pede-me um motivo:

- DAR-TE-EI UMA DEZENA

JoanaGóis,

Setembro de 2009.