Título,

Quero escrever um texto daqueles que só escrevo no meu caderno preto.

Quero tanto publicar um texto verdadeiramente meu, único.

Mas, espera, não posso.

Tu sabes bem porquê.

Não posso dizer o nome Dele, pois está destinado que não o faça. Ele vive para além da vida física, vive em mim, cada dia mais, no meu intelecto. Vive apenas no meu caderno, vive no meio de metáforas e de aliterações expressivas que me dizem que realmente, é real. Ele é mais importante que eu. O seu cabelo lembra-me a praia, e nem imaginas, o quanto eu gosto de descansar na praia. Ele tem a maneira de falar mais perfeitinha de todas. É o mais diferente e mais igual ao mesmo tempo. Ele não fica porque é impossível ficar, mas também não quer sair. Ele contradiz-me, porque eu quero falar e canto, porque eu quero dizer e faço. Hoje dormi quase até às seis da tarde, e eram quatro e pouco da manhã quando adormeci, mais coisa menos coisa. Não sonhei conTigo, porque por muito que eu desejasse que fosses um sonho, Tu existes. Não foste é sonhado para mim.

Atenção, que este texto não é para ti. Não é para te magoar, não é para que me perguntes para quem é. Não é para alguém que eu ame, hey! sabes bem que não amo ninguém e que se amasse era provavelmente a ti. Mas não, não é para ti, nem é suficientemente importante para que em vez de estudares te ponhas a pensar nele. Isto são (só) coisas da minha cabeça, que tu sabes que eu as tenho.