Tempo!

Vivemos ao lado dele. É ele que nos diz o que podemos ou não fazer pois é por ele que todos nos regulamos.

Sinto que este tempo, tal como a meteorologia, também se pode dividir em bom tempo e mau tempo. Comparo-o a um dia. Por vezes acordamos de manhã, abrimos a janela e já o Sol tenta penetrar o nosso quarto, enchendo-o de força e vitalidade. Não obstante que no final desse dia não chova. Outras vezes o tempo está encoberto; não existe esplendor suficiente para que possamos considerar estarmos perante bom tempo. Mas ponhamos de parte o Sol e falemos de tempo contável.

O tempo está em todo o lado. Até quando mandamos uma, caímos na tentação de o controlar. O tempo marca a nossa idade. Diz-se que tempo é dinheiro mas mesmo assim acho que à medida que ele passa não me sinto mais rica. Pelo contrário, esta passagem do tempo só me traz cabelos brancos e pêlos nas pernas. Pois, que o tempo tem destas coisas. Muda-nos por completo.

Há um tempo julguei-me feliz.
Bem, o tempo mudou isso.
Mudou como ninguém. Mudou pois ele tem esse dom. Mudar tudo o que mais amo; tudo o que me faz falta; tudo o que, na verdade, valorizo. O tempo muda-me a mim; uns dizem que para melhor, outros afirmam ser para pior. O TEMPO ENERVA-ME! Ouço o tic-tac do relógio e este tempo custa ainda mais a passar.

Houve tempos perfeitos, houve ainda mais tempos imperfeitos.
É tempo de mudança! Traz-me de volta o MEU tempo!
Porque bons tempos...? Oh… Já lá vai o tempo!