quarta-feira, 26 de maio de 2010

Fofinho.

Estava hoje a ir do colégio para casa (na habitual rotina de aluna não aplicada que tem vida para além dos estudos) quando me pus a cismar nas diferenças de idades, nas diferenças entre pessoas.

O almoço de hoje foi produtivo e desabafei muito sobre tanto que eu precisava. Com brincadeiras à mistura vamos dizendo o que realmente nos preocupa. Chego a meio do rumo que a conversa toma e aperecebo-me que, se calhar, já não sou feliz.

Filosoficamente, foi-me dito que um Homem só é Homem quando tem dúvidas, quando aprende a questionar. Mas terei eu já mencionado que sou uma Mulher?



SIM! Mulher, com M grande, que estas coisas dos acordos gramaticais e nominais são do mais machista que existe. Porque é que a palavra Humanidade não se reduz a diminutivo apenas tomando a forma de "Humano" e tem de a tomar como sendo "Homem"?

Esta semana tem sido do melhor, tenho-me saído muito bem em todas as provas orais. Estou orgulhosa, mas não estou feliz. Já não sei se sei o que é ser-se feliz.


Fofinho? Fofinho era aquele miúdo que vinha no banco ao lado do meu, hoje sentado, a mirar com duçura e gula o saquinho de gomas que segurava na mão. Como quando eu era pequena. Ah!, como adorava voltar atrás só para poder ser ingénua como uma goma agridoce em forma de morango.


"Mas agora,
O que me resta desse tempo, na verdade?
Apenas memória,
e, sobretudo, saudade"

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